O serviço postal, mais conhecido como correio, existe desde muito tempo, dos primórdios da comunicação. Criado para facilitar e ampliar a comunicação, a princípio, para os grandes governantes centralizadores propagarem seus decretos, avisos e convites. Devido a eficiência do serviço, passou a ser utilizado para todas as finalidades, das românticas as mais perversas.
A logística de informações, que realiza até hoje a entrega de correspondências e objetos é proveniente das brilhantes criações egípcias, e foi muito admirado, mais tarde, pelos persas que aperfeiçoaram suas regras. Difundiu-se para vários, se não, todos países, e ampliava cada vez mais seu alcance, devido ao número e a qualidade das estradas.
Este serviço passou a ser valorizado e visto de outras maneiras, para cada um, o correio podia representar uma importância, um sentimento. Para amores secretos e declarados ele era a saudade, o carinho. Para as famílias separadas por terra era a ponte de aproximação. Para os visionários, era o mediador de ideias. Para tudo e para todos, era muito mais do que um serviço.
O correio era tratado com zelo, era de suma importância. Omitir uma correspondência, furtar ou adulterar era motivo de morte, e ainda pode ser, mas não causa mais a mesma dor que causava. As caixas de correspondências, além de representarem o nível social, refletiam em si a significância que as cartas possuíam. Decoradas e adornadas, feitas de maneira personalizada, e checada todos os dias, mais de uma vez. Companhia de espera agonizante ou de doce ansiedade.
No momento presente, assiste-se o esquecimento da face romantizada dos correios. O serviço ainda é utilizado, mas não para as mesmas finalidades. Com o avanço da tecnologia a internet se tornou uma alternativa absolutamente prática e eficiente, as informações são trocadas em tempo real, muito mais agilmente e com mais possibilidades. Com tantas qualidades, o correio eletrônico facilmente ofuscou o sentimental papel de carta.
Reflexo disso é o descaso as caixas de correio, quando são encontradas. E nota-se que o carinho que se tinha por esse objeto foi alterado pela única finalidade de expressar poder por meio delas.
Hoje em dia, nos utilizamos do correio apenas para receber cartas de cobranças: luz, água, telefone e a famosa internet. Quase tudo o que hoje vem pelo correio tem alguma ligação econômica. Acabou-se aquela intimidade expressada por meio de palavras e papeis personalizados. Raro quem ainda faz uso desse serviço para fins pessoais e não comerciais.
Em suma, a comunicação por meio de cartas não tem mais o mesmo significado e muito menos a mesma importância de quando fora criada. Podemos até mesmo pensar que um dia ela irá se extinguir e ser completamente migrada para o meio eletrônico. Há quem ainda cuide de sua singela caixa de correio, mas em alguns casos, o bom estado serve apenas para completar a faixada bonita.
Geovana Mara e Stephany Ramos
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