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  • 25/04/2024

    Crônica: Boa memória

    Ela, que sempre falou sobre fim de ciclos, não encerrou este por aqui. Deixou as músicas continuarem lembrando-o, a mão no voltante, o pôr do sol, as placas dos carros, até o barulho irritante do limpador de para-brisas.

    Foi um ciclo importante. Não diria que tenha sido o mais significante deles. Mas teve sua relevância. Inclusive, a mulher que se tornou carrega um pouquinho dele, da bagagem, da experiência. Se isso é bom ou ruim, não vem ao caso.

    Hoje esse ciclo se encerrou e, neste momento, foi possível enxergar que isso aconteceu há mais tempo do que pode perceber. Embora os sinais ainda estivessem lá, ele já não era mais presente.

    Ele se foi como a chuva que seca na terra e nasce uma grama verdinha no lugar. Deixou memórias lindas e que com certeza a fará se recordar. Mas, ficou onde deveria ficar, onde deveria ter sido deixado há muito tempo. 

    Precisou de muita conversa, reflexões, amores e desamores para entender que esse ciclo acabou. Esse foi seu tempo. Ao mesmo tempo, em que se recorda da data que celebra um novo ciclo, agora também pensa sobre o adeus que recebeu, mas não conseguiu retribuir.

    E, com o coração cheio de gratidão por tudo o que significou naquela fase da vida, chegou a hora de ressignificar. Criar outras memórias com a playlist de sertanejo, ver a velocidade em que o carro está de outra maneira e enxergar o pôr do sol por outros olhos. 

    Essa conexão tão difícil de se explicar se desfez com o tempo, com os rumos que as vidas tomaram, com os caminhos diferentes que escolheram. O que fica é apenas a 'boa memória', como já diria a música do seu cantor favorito.





    02/04/2022

    Crônica: A vida é agora

    Quem diria que uma sementinha plantada tantos anos atrás renderia esses frutos… O anseio por ser livre começou a fazer sentido em 2015 e hoje o que temos é uma longa história. 

    A vida é para ser vivida e é agora. 

    Quantos sonhos deixamos para trás por apoiá-los em outras pessoas e não a nós mesmos. Vivemos a vida do outro e esquecemos da mais importante: a nossa própria.

    Mas aí o barco sacode, o vento tenta mudar a direção, que no final é exatamente a que tinha que ser.

    E hoje me sinto plena, completa e em paz. Aprendi que para transbordar eu só preciso de mim mesma. E está tudo bem, é sobre isso.

    Sobre amar a minha própria jornada, não me arrepender dos erros, mas sim aprender com eles. Essa longa história me trouxe até aqui. Como não se orgulhar?


    19/08/2021

    Blogueira raiz

     A blogueira raiz com as folhinhas murchas, precisando regar... 

    Eu sei que faz um tempo que não apareço por aqui. A vida mudou, a internet principalmente e ter blog hoje em dia deve ser até considerado cringe. Mas e daí? Sou mesmo. Sou blogueira raiz, que veio de blog, quando tudo era mato, rs. 

    Como boa apaixonada por datas comemorativas que sou, gostaria de ter feito algo especial para este novo ciclo, mas meu lado workaholic não permitiu. E confesso que isso me frustou bastante e me fez chorar diversas vezes no dia. (Alô, AstroLink, a Lua tá em câncer?!)

    Foi então que comecei a escrever esse texto e percebi que eu precisava desse momento. Pra me reconectar com essa essência de ser blogueira, de escrever com o coração, de valorizar as palavras e dar sentido a elas.

    Durante esses 8 anos eu escrevi sobre tudo por aqui. Comemorei de diversas formas também. Teve ensaio super produzido, vídeo roteirizado, vídeo improvisado, crônica, balões, sorteio... Mas aí eu me perdi no caminho, buscando sempre algo surpreendente, quando na verdade eu só precisava ser a Jornalista à deriva, que escrevia crônicas e textos sobre tudo que sentia.

    Então é assim que comemoraremos hoje. Sendo o que sempre fui. Não que não precisemos mudar, evoluir, criar... Mas deixa isso para a rede social vizinha. Esse aqui é meu espaço de explorar as palavras, viajar nas ideias e ser feliz com o simples.

    Este último ciclo foi importante demais para mim. Explorei muito esse lado blogueira. Dei as caras, ouvi muitos "nãos", me frustrei, me comparei, mas também vi muitas portas se abrirem.

    Obrigada por cada um que passou por aqui durante essa longa jornada e chegou até este texto desconexo. Não desiste da sua blogueira raiz aqui não, tá? Uma nova fase está por começar!




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