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  • 14/01/2014

    Armadilha submersa

    No decorrer da última semana, fomos bombardeados por notícias trágicas de crianças que foram sugadas pelo ralo da piscina e morreram. Depois clicar no Facebook em um link do Folha de S. Paulo, me interessei ainda mais pelo assunto, já que tenho uma irmã pequena e que está sempre na piscina. Foi exibida também, uma matéria sobre o assunto no Fantástico do último domingo.

    A matéria, do Folha, era sobre a secretária-executiva aposentada Odele Souza, de 65 anos, que há 16 anos cuida da filha Flávia, que entrou em coma irreversível depois de ter seus cabelos sugados, pelo ralo da piscina do prédio onde moravam, em São Paulo. Flavia ficou durante 35 dias na UTI e cerca de oito meses no hospital, desde então, a mãe cuida da filha em casa. 

    Depois de uma longa batalha na justiça, em 2012, o condomínio e a seguradora do condomínio foram condenados. Com o dinheiro da indenização ganha, ela consegue manter a estrutura, técnicas de enfermagem e fisioterapeuta para cuidar de Flavia, agora com 26 anos.


    A mãe nunca desistiu e hoje administra o blog Flavia, vivendo em coma, para dar voz a pequena vítima dessa armadilha submersa. Além disso, Odele faz parte de uma comissão que tenta tornar lei as recomendações de segurança da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para que as piscinas se tornem mais seguras.

    O caso da Flavia infelizmente não é o único. Nessa época do ano, com dias cada vez mais quentes, as pessoas buscam meios para se refrescarem e o frequentamento de piscinas aumenta significativamente. Entretanto, nem todo clube, ou condomínio, tem sua piscina regulamentada para ser o mais segura possível. No mínimo, a litragem cúbica da piscina precisa estar de acordo com a potência do motor, e vice-versa, e o ralo deve estar com uma tampa de proteção contra sucção.

    Hoje em dia já existem tampas de proteção para ralos de piscina que mesmo se a criança, ou um adulto, encostar os cabelos ou alguma parte do corpo no ralo, a tampa impede que a pessoa seja sugada, pois a sucção da bomba fica dividida em uma área maior, por isso o cabelo desliza sobre ela que não tem força para ser puxado. O mais interessante é que esta tampa, mais moderna, custa cerca de apenas 50 reais (sem a instalação) e mesmo assim ainda não está instalada na maioria das piscinas. Outra medida simples para evitar acidentes é deixar a bomba desligada enquanto a piscina estiver em uso.

    O afogamento é a segunda maior causa de morte de um a nove anos de idade no Brasil, ficando atrás apenas da pneumonia. Além da orientação e da supervisão dos pais, medidas de segurança devem ser tomadas urgentemente, para que nenhuma vida a mais vá pelo ralo.


    Você pode assinar a petição online "Queremos piscinas mais seguras para nossas crianças" clicando aqui.

    3 comentários:

    1. Stephany, obrigada pelo post de divulgaçao. Apenas uma observaçao. O custo de R$ 50,00 da tampa anti aprisionamento não inclui a instalacáo. Dependendo da parte do país, tampa mais instalaçao fica entre R$ 300 e R$ 400. Um abraço.

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      1. Imagina, é meu dever como cidadã e jornalista compartilhar esse perigo que está tão próximo de todos nós. Quanto ao valor, obrigada pela correção, mesmo que seja uma pouco mais caro, não se compara ao preço de uma vida. Beijos e obrigada a você por ler minha matéria.

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    2. Concordo plenamente com você Stephany. Um valor irrisório se comparado ao preço de uma vida. Beijos.

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