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  • 10/06/2014

    Crônica: As coisas mudaram

    Esperava trazer algo menos futebolístico nesta semana, mas é inevitável não notar que algumas coisas mudaram.

    Me lembro de quatro anos atrás, quando assistia a um jogo da Copa do Mundo na África do Sul, sentada em uma cadeira de bar no meio da rua de uma cidade carioca.

    Ao redor havia um monte de pessoas, com sotaque diferente do meu, e que eu nem sabia o nome, mas era como se nos conhecêssemos, pois o que nos reunia naquela tarde era algo especial.

    O verde e amarelo predominava. O estridente som das vuvuzelas ecoavam. E a TV posicionada improvisadamente gritava "é do Brasiiiiiiiiiil".

    Naquela época existiam tantos problemas quanto hoje, mas a emoção não passava despercebida. Sinto falta disso.
    Aos poucos vamos nos desbrasileirando, sendo influenciados por outras culturas e quando vemos já nem conhecemos mais a música nacional que está estourada nas rádios. Os restaurantes japoneses estão em acensão, as músicas britânicas invadiram as playlists dos celulares importados, as roupas ao estilo colégio americano predominam as prateleiras e nosso verde e amarelo fica cada vez mais distante.

    Tenho saudade de pintar a rua, a cara, a unha. Aproveitar o embalo da festa junina e pendurar bandeirinhas patrióticas por todos os cantos.

    São experiências que apesar da pouca idade eu pude ter. As novas gerações não saberão o que é uma Copa de verdade.

    Os problemas sempre irão existir, cabe a nós a escolha sensata de manifestar-se da maneira certa: nas urnas, em outubro. Para isso, não precisa deixar de torcer pela seleção brasileira, a culpa de tudo isso não é nem um pouco dos jogadores de futebol.

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