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  • 14/03/2015

    Papo de amiga: Minha experiência com jornalismo policial

    Todo o bate-papo esta semana com o repórter da Rádio Aparecida, Wilson Silvaston me deixou inspirada para contar também um pouquinho da minha primeira experiência com o jornalismo policial.

    Não me achem louca, mas eu adoro fazer isso. Não é questão de gostar da desgraça alheia, ou coisa do tipo. Parecemos, mas não somos carniceiros, hahahaha.

    Minha primeira experiência com rádio e com o calor do ao vivo, foi fazendo plantão policial e essa editoria ainda é frequente na minha vida, porém não mais diária.

    Não sei explicar ao certo o motivo do meu amor por jornalismo policial. Pode ser que seja pela linguagem que usamos, pela sequência de fatos, pela narrativa... Não sei ao certo, apenas posso afirmar que isso já estava em mim, em algum lugar.

    É um gosto um tanto quanto estranho, mas aposto que quem se envolver com isso, certamente irá gostar, principalmente em rádio. Cada dia uma história diferente, um personagem, uma ocorrência... Plantão policial é um gosto particularmente estranho que tenho.

    Existem riscos? Claro. O jornalismo em si já nos expõe demais, o policial então nem se fala. Por isso existe a ética, necessária em todas as ramificações da profissão, mas em especial nesta.
    Cada emissora adotará princípios diferentes. Uma vai querer que você descarte todos os jargões policiais, outra pedirá que mantenha alguns ou até mesmo que seja sensacionalista. E aí é necessário se adaptar.

    Mas também existem regras, como por exemplo, não citar o nome dos indivíduos. Você pode se dar mal. Há também alguns termos para tomar cuidado, principalmente ao falar sobre menores de idade. Daria para escrever um post inteiro sobre essas "regrinhas" então fica para uma próxima.

    Quando comecei com isso, eu era correspondente da minha cidade, então fazia o plantão ao vivo por telefone. Hoje em dia, isso acontece dentro do estúdio, em tempo real também. Mas o processo é o mesmo: ir à delegacia, pegar os boletins de ocorrência, ler e reler até entender e poder reescrever um a um na linguagem do rádio, no caso. Depois disso é só mandar ver!

    O acesso aos B.O.s são liberados à imprensa, basta respeitar os horários de troca de plantão. Alguns policiais serão mais simpáticos e acessíveis, em casos de dúvidas, do que outros. Quando tentar obter informações por telefone, cruze os dedos para pegar alguém de bom humor do outro lado da linha, o que é bem difícil depois de uma madrugada de muitos flagrantes. Por isso é preferível ir pessoalmente ao Distrito Policial onde funciona o plantão da Polícia Civil na cidade.

    Assim como todas as outras editorias do jornalismo, é indispensável o bom relacionamento com as fontes. Por isso, preserve-as e aproxime-se.

    Enfim, essa é apenas uma parte da minha pequena experiência com jornalismo policial. Ainda tenho muito o que aprender e viver. Mas de uma coisa eu sei: gosto disso e não é nenhum bicho de sete cabeças.

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