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  • 03/10/2015

    Âncoras não são necessárias

    Existe uma marinheira que costumava ficar com os pés firmes em terra. Ué?

    Pois é!

    Repare bem, pois o verbo foi conjugado no passado. É o mesmo que pensar em uma pipa que nunca sobe mais do que a altura do poste, nunca solta totalmente a linha do carretel. Um pássaro que conhece bem os ventos, mas nunca voou fora da grande gaiola.

    De uns tempos pra cá, a marinheira resolveu realmente ir pro mar. E não é só porque ela está em águas distantes, navegando para terras desconhecidas, que está longe do céu. Pelo contrário. Tem explorado tanto os mares, que descobriu, outrora, um ponto onde existe o encontro perfeito, o lugar exato, a mágica mais linda de todas. Ela descobriu onde o céu toca o mar.

    Descobriu tal maravilha olhando perto. Piscou pra cima dos ombros, atentou-se ao brilho da estrela e, de repente, viu! Nessa mesma localização, ela encontrou partes de um tesouro que há tempo estava perdido. Pérolas de autoestima, colares de permissão, anéis de liberdade e espelhos de amor próprio.

    Pronto!

    Dessa vez a marinheira está sonhadora, com a âncora trancada no convés do barco, pois entendera que navegar é preciso e viver muito mais! Boneca de coleção de miniaturas ficou apenas como metáfora. És livre, forte e capaz!

    Permito, então, apenas que cante, quando o coração pulsar forte, quando ela lembrar da escritora que em terra firme ficou, para voar pelas copas das árvores, que “Atraquei nesse cais por amor demais!”.
    Saiba que a autora desse texto usa essas sábias palavras da Mallu para expressar a gratidão pela sua existência.

    Que esse fechamento de duas décadas continue assim, à deriva!
    Crônica da mais maravilhosa: Geovana Mara

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