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  • 03/10/2018

    Um texto sobre (para) mim mesma

    Acho que chegou o dia que eu mesma vou escrever sobre mim, no dia do meu aniversário. Seria mais um passo dessa independência gritante que vivi no último ano?

    É tão clichê falar sobre que tanta coisa mudou mas definitivamente é a expressão que mais me resume desde os 20 e pouco e tudo o que rolou na primeira progressão solar.

    Mesmo que eu tente descrever essa revolução interna que aconteceu aqui, eu não conseguiria ser fiel nas palavras. Mas o que posso dizer é que eu estou bem orgulhosa. Até porque arrependimento não faz parte do meu ciclo de sentimentos bagunçados.

    Quando eu achava que a minha montanha russa já tinha chegado no fim do trilho, de outubro pra cá foi um chacoalhão atrás do outro e eu em cima de uma corda bamba, achando que cairia a qualquer momento. 

    Cada desequilibrada eu pensava "agora não dá mais, não tem mais jeito" uma força enorme surgia e um sentimento de "calma, estou cuidando de tudo" me fortalecia.

    Perder o meu avô foi a pior coisa que poderia ter acontecido na minha vida, num momento que já era ruim por estar desempregada e cheia de responsabilidades para dar conta. Eu desabei e dessa vez eu não tive nem forças pra fingir que estava tudo bem. 

    Uma sequência de notícias ruins tomaram conta. Por outro lado eu vi minha família se unir ainda mais nesse momento. Se eu já era próxima de todos, me tornei mais ainda. Cuidei e fui cuidada. E lá de cima ele também cuidou de tudo.

    Cada detalhe parecia milimetricamente pensado. Quando meu coração começava a apertar de desespero, surgiam trabalhos que eu nem estava esperando. Aprendi tanto, mas tanto, que 8 meses mais pareceram 8 anos.

    E mais uma vez eu não deixei a peteca cair. Fui tentando tirar boas lições de cada coisa que acontecia. E quando eu coloquei o lance da "gratidão" realmente na frente, tudo começou a dar certo.

    Além de toda essa superação pessoal, outra coisa que se tornou ainda mais forte em mim foi essa luta que nós mulheres encaramos todos os dias. Hoje posso dizer com plena convicção que sou feminista sim e não me venha com preconceitos. 

    Eu sofri a cada notícia de mulher violentada, abusada e morta por homens. Eu me senti na pele delas. Eu deixei de sentir isso calada e também mostrei a minha voz, a minha luta e as minhas convicções.

    Prometi a mim mesma que homem nenhum calará a minha voz nem me fará ser menos do que eu posso ser. Porque os meus sonhos são muito maiores que qualquer relacionamento abusivo.

    São tantas coisas importantes que eu vou levar deste ciclo para o próximo. Até de política eu comecei a gostar (ou não rs). Foram surpresas e mais surpresas, boas ou ruins, uma atrás da outra.

    Mesmo que não tenha sido um ano dos mais fáceis, sem dúvidas foi extremamente construtivo para essa Stephany que hoje comemora mais uma revolução solar. 

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