Sobre os milagres da Copa

Olá pessoal, estou de volta!

E hoje vim trazer um assunto que está dando o que falar nos estádios e nas redes sociais: são os "milagres da Copa".

Você já deve ter cruzado, em algum momento do seu feed de notícias, com imagens de cadeirantes em pé durante as partidas do mundial. Isso tem causado muitas dúvidas, discussões e indignações nas redes. Estariam essas pessoas se passando por cadeirantes para obter um espaço preferencial para assistir aos jogos, com direito a desconto e acompanhante?

Mesmo que essa oportunidade seja atrativa para os golpistas de plantão, precisamos considerar que nem todas as pessoas que necessitam de cadeiras de rodas, necessariamente não conseguem andar ou ficar de pé. É o caso dos portadores de limitação de movimento, que apoiando-se em algum lugar (nas grades, por exemple) consegue se sustentar firmemente.

Há também aqueles que usam próteses ou muletas e, com elas, pode andar e ficar de pé normalmente, embora o uso da cadeira de rodas seja mais confortável para a locomoção. Assim como os que conseguem caminhar por distâncias curtas, mas que em um percurso longo, como de casa até o estádio, o uso da cadeira de rodas se faz necessário. Por isso a importância de não generalizar as acusações.

A Fifa assumiu a dificuldade de identificar os verdadeiros cadeirantes, portadores de necessidades especiais e do direito ao assento com acompanhante. De acordo com a concessionária que administram o estádio do Maracanã, é necessária a apresentação obrigatória de um documento, laudo médico, ou cartão de acesso ao transporte público para ter esse direito previsto na Lei nº 2051/92. Ainda assim, podemos considerar fácil a possibilidade de burlar o "sistema".

Na semana passada, compartilhei na fan page do blog, uma matéria do jornal O Globo, que trazia um vídeo com um flagra de um homem que não parecia portar de nenhum tipo de deficiência e que, em certo momento, levantou-se, deixando a cadeira vazia e retornou após algum tempo.

E aí eu lhe pergunto: a que ponto chegamos? Se de fato há pessoas se aproveitando do direito de quem realmente precisa, como essas conseguem dormir á noite com a cabeça tranquila? Apesar de que a consciência não deve nem doer.

Assim como escrevi em meu comentário sobre o assunto, não seria mais fácil criar um número de identificação para os portadores de necessidades especiais? Se já somos identificados por sequências de números, nomeadas RG e CPF, por que não um cadastro de cadeirantes e afins? Às vezes a solução está mais alcançável do que se possa imaginar, mas as prioridades são deixadas de lado para dar preferência à coisas nem tão importantes assim.

Para encerrar esse post, deixo o vídeo abaixo e um convite para a reflexão. Deixe sua opinião nos comentários que eu vou adorar conhecer seu ponto de vista.