Antes de surgir qualquer mimimi a respeito do conteúdo a seguir, gostaria de esclarecer que texto e imagem são frutos de uma pauta fotográfica desenvolvida e produzida pelos alunos da minha sala, na faculdade, para nossa matéria de Fotojornalismo.
“Empoderar”, como a própria palavra já sugere, é o ato da socialização do poder entre os cidadãos, a conquista da inclusão social por meio da conscientização. Desde que o movimento feminista ganhou força e mais adeptas, muito tem se usado a expressão “empoderamento feminino”.
Com a popularização das redes sociais e dos sites interativos e integrativos de informação, a ideologia do movimento feminista é amplamente difundida entre as internautas, ganhando vida além da rede e compondo debates que frequentam livremente tanto as mesas das famílias nos horários das refeições, quanto nas horas do intervalo nas mesas dos bares universitários.
O rotulo "feminismo" carrega em si um estigma, acumulado pela não diferenciação entre as ações de adeptas do ativismo feminista e da ideologia feminista. Aqui, é preciso fazer a divisão: ativistas, de qualquer ponto ideológico-político, buscam a defesa de sua causa através da militância. O ativismo é popularmente associado a atos rebeldes ou confrontadores pela sociedade destinatária do conteúdo midiático.
O “movimento feminista” é outra coisa: prega a igualdade entre os gêneros perante a sociedade. Feminismo não é o oposto do machismo. Feministas não defendem que mulheres são superiores aos homens. Feministas buscam o “empoderamento feminino” acima citado e a quebra de conceitos opressores à liberdade individual das mulheres.
Dentro do movimento há a chamada “sororidade”, pacto ético e político praticado no feminismo contemporâneo. Busca-se a irmandade entre as mulheres, não colocando umas contra outras, não estimulando a opressão, não criando disputas de “quem tem o melhor corpo”, “quem está melhor ou pior vestida”, “quem conquistará determinado homem”. Não há espaço para a rivalidade dentro da ideologia feminista.
Isso é empoderar as mulheres: transmitir uma linha lógica de raciocínio que as mostrem que é possível escolher sobre suas vidas, livre da opressão de conceitos favoráveis à parcela masculina da sociedade, sem a represália de outras mulheres. Essa é uma das essências do feminismo.
Texto: Carolina Freire
Foto: Maria Carolina Moraes
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