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  • 12/10/2017

    Diário de bordo: Romeira por um dia

    De jornalista a romeira, por um dia!
    Há dez meses as coisas começavam a mudar na minha vida. Eu que nunca fui a pessoa mais religiosa do mundo, estava prestes a me tornar uma jornalista católica. Nunca havia escrito se quer um texto sobre a Igreja e olha onde é que chegamos.

    Para quem não sabe, trabalho em uma agência de marketing católico e lá sou responsável por um portal de notícias, várias páginas católicas, assessoria de imprensa de uma feira católica, entre tantas outras coisas. E isso refletiu muito em mim.

    Recebo por dia milhares de mensagens e comentários de pessoas contando sobre suas graças, pedidos, desejos, enfermidades e sobre a vontade de conhecer o Santuário de Aparecida, além do esforço que fazem para chegar até aqui e outros que lamentam por não poder.


    Assim, comecei a refletir muito sobre isso. O modo como estar em Aparecida todos os dias torna-se rotina e acabamos esquecendo da graça que é estar tão próximos do sonho de tanta gente. Pessoas que viajam de todo o Brasil, por horas, para chegar aqui e passar apenas um de todos os meus dias.


    Nesta preparação para as comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba do Sul, eu fiz muitas pesquisas, publiquei muitas matérias e li muito sobre o assunto.

    Sempre gostei de me envolver com a pauta e dessa vez senti essa necessidade gritando forte dentro de mim. Eu escrevi tanto sobre romeiros que caminham de tão longe até o Santuário, que despertou em mim a vontade de passar pelo mesmo para sentir essa mesma sensação. 



    Minha peregrinação

    Moro na cidade vizinha de Aparecida, no total, aproximadamente 10km de distância. Me juntei a minha amiga de trabalho e seus acompanhantes, com meu namorado também, e fomos. Saímos de casa às 5h do dia 12 de outubro. Todo o trajeto foi feito pela Rodovia Presidente Dutra.

    A quantidade de pessoas que estavam na mesma missão era impressionante. Como era bem cedo, quase não havia sol e, apesar do calor, o vento dos veículos que passavam aliviavam bastante.


    Por muitos momentos eu me arrepiava inteira. Mas a parte que mais me marcou não foi nem a chegada e sim dois carros que eu observei na margem da rodovia. Um com o porta-malas cheio de garrafas de água, outro com uma família que montou uma mesa com a imagem da Santa e oferecia um copo de leite aos que passavam.

    Nossa caminhada durou cerca de duas horas e foi bem tranquila. Quase no fim do trajeto foi que o Sol resolveu aparecer. Assistimos à missa das crianças, que começou às 7:30h.

    A igreja estava lotada. O cansaço estampado no rosto de muitos que chegavam a dormir encostados ou deitados no espaço onde conseguiam encontrar no meio da multidão. Eu nunca havia visto tantas pessoas assim em um só lugar.

    A fé é realmente algo indiscutível.


    Considerações


    A experiência sem dúvidas foi única. É incrível o que esse mundo do Jornalismo nos proporciona. Sou grata aos caminhos que tenho seguido, que têm mudado muito na minha vida.

    Viver na pele por um dia um pouco do que os personagens das histórias que conto passam me causaram um sentimento inexplicável mas que combina muito bem com "gratidão".

    Única ponto que ressalto são os cuidados com o meio ambiente. Pelo caminho vi milhares de garrafas de água e outros lixos descartados pelo acostamento. Vamos ser mais conscientes, não custa esperar o lixo mais próximo (que também eram vários).

    Apesar de cansada, sinto-me realizada por ter vivido esta experiência. Já parou para pensar o privilégio que temos pela chance de presenciar os 300 anos da Padroeira do Brasil?! 

    Até a próxima!

    2 comentários:

    1. Na hora que eu vi no Instagram sobre o post, tive que vir ler.
      Não sabia que tua era jornalista nessa área, que benção.
      Nossa me emocionei de verdade lendo o post, lindo demais, meus olhos se encheram de lágrimas. Tenho muita vontade de pelo menos uma vez na vida passar o dia 12 em Aparecida, pra poder sentir toda essa emoção que você sentiu. Espero que seja em breve, quem sabe no próximo ano.
      Parabéns pelo post!

      Beijos

      camilaporai.com.br

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      Respostas
      1. EU não era jornalista nessa área, mas me tornei. A gente faz de tudo, fala sobre tudo o que for necessário, rs. Mas é realmente uma área muito especial. Eu que moro tão perto, nunca havia passado o dia 12 por lá. Viver isso tudo foi uma experiência única! Espero que tbm possa realizar! Bjs!

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